segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

APRENDEMOS A LER QUANDO OUVIMOS OUTROS A LER!

APRENDEMOS A LER QUANDO OUVIMOS OUTROS A LER!

Quem o afirma é Aidan Chambers, escritor e pedagogo norte-americano, num livrinho intitulado Queres que te conte um conto? Um guia para narradores e contadores (edição em castelhano, de Banco del Libro, Venezuela). Aprendemos a ler, normalmente, do seguinte modo: primeiro, acompanhados por quem sabe ler e, depois, começamos gradualmente a ler autonomamente. O leitor é, por isso, um aprendiz e é-o efetivamente se estiver na «zona de desenvolvimento proximal», isto é, se estiver em contacto com a leitura. Assim, ler em voz alta para as crianças é essencial para ajudá-las a converter-se em leitores. E, segundo Aidan Chambers, «é um erro pensar que a leitura em voz alta é necessária apenas nas etapas iniciais». A leitura em voz alta é tão valiosa e aprender a ler é um processo tão demorado (e nunca acabado) que a leitura em voz alta é necessária durante toda a escolarização e, ousamos dizer, durante toda a vida. O ideal seria que cada pessoa escutasse um fragmento de literatura
todos os dias.

Este especialista apresenta mais cinco razões fundamentais (algumas coincidentes com as já apontadas) para ler em voz alta:

1 – A leitura em voz alta mostra-nos como o texto funciona. Cada vez que escutamos um conto, ou poema ou qualquer outro tipo de texto, adquirimos um exemplo mais de como a escrita funciona, isto é, como se estrutura e se organiza, e o que (ou como) temos de fazer «dominar» o texto. Descobrimos, ao ouvir, que tipo de texto está guardado na linguagem do texto.

2 – A leitura em voz alta faz com que o texto impresso ganhe vida por meio da interpretação. A escrita é, em certo sentido, um guião: com palavras que nos dizem como são as pessoas, o que sentem e como agem. A leitura em voz alta desperta a magia do texto e das personagens. A leitura em voz alta mostra como quem lê «convive» com as palavras e as personagens. Ou seja, a leitura em voz alta possibilita a aprendizagem de que o texto tem um «corpo» e uma «voz» que o leitor tem de «interpretar».

3 – A leitura em voz alta transforma o «difícil» em algo acessível. Quando as crianças são expostas a algo que não são ainda capazes de ler por si mesmas, estamos a ajudá-las a descobrir que vale a pena esforçar-se por ler autonomamente.

4 – A leitura em voz alta estimula a escolha, mostrando que se pode ler vários tipos de textos, de vários modos e com «estratégias» distintas. Pode ler-se uma história completa, seguida de discussão; pode fazer-se um programa de leitura de contos, poemas, inclusive para e em ocasiões especiais; pode ler-se um texto mais extenso ao longo de vários dias; pode ler-se a despropósito, sempre que seja adequado e/ou surja uma oportunidade; pode dramatizar-se
um texto, etc., etc.
5 – A leitura em voz alta oferece uma maneira de estar juntos. Além da dimensão social e afetiva, este tipo de leitura é importante para o processo de construção da identidade cultural, ainda que cada pessoa a assuma de modo distinto.
Neste início de ano letivo, pais e professores, não tenham dúvidas: leiam em voz alta, para si, para os seus filhos, para os seus familiares, para os seus alunos, para quem quer que seja, mas leiam…

Boas leituras! (JMR)

Texto retirado daqui.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Concurso Nacional de Leitura - 1ª Fase

Mais uma vez, damos início ao Concurso Nacional de Leitura. No próximo dia 11 de dezembro terão lugar as provas da 1ª Fase do CNL, prova realizada na escola.



"O PNL2027, com o propósito de dar a esta celebração da leitura e da escrita um caráter mais universal e significativo, articula-se com a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), com a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), com o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua (Camões, IP), com a Direção-Geral de Administração Escolar/Direção de Serviços de Ensino e das Escolas Portuguesas no Estrangeiro (DGAE/DSEEPE) e com a Rádio Televisão Portuguesa (RTP), responsável pela cobertura televisiva do evento.


A participação no concurso está aberta às escolas do Continente e das Regiões Autónomas dos Açores (RAA) e da Madeira (RAM), das redes pública e privada que a ele aderirem, através da inscrição de alunos de todos os ciclos de ensino – 1.º ciclo / 2.º ciclo / 3.º ciclo / ensino secundário. Está igualmente aberta aos alunos das Escolas Portuguesas no Estrangeiro (EPE) da área de influência da Direção-Geral de Administração Escolar/Direção de Serviços de Ensino e das Escolas Portuguesas no Estrangeiro (DGAE/DSEEPE) e aos alunos da rede de Ensino Português no Estrangeiro (EPE) do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua (Camões, IP)."

Aconteceu a Feira do Livro

Como anualmente, a Feira do Livro aconteceu na Biblioteca da nossa escola. O convite seguiu, como todos os anos, via mail para a comunidade escolar.