terça-feira, 19 de maio de 2015

Odeio as Cidades, uma crónica da Ana Beatriz Sousa


Mas afinal o que são as cidades? Entulhos de aldeias nos quais se reduzem as árvores e se aumenta o cimento... Asfalto para cá! Tijolo para lá! As cidades não passam de uma grande concentração de cinzento com pequenos detalhes a cor, a que se chamam parques, mas que no final de contas não passam de um aglomerado de campos, só que na aldeia cada casa tem um campo e na cidade juntam-nos todos num sítio adicionam um pouco de cinzento, água e metal e passa logo a um local muito mais fino! Se, por acaso, eu disser que ontem passei a manhã no campo, toda a gente se reduz à sua ignorância e ninguém comenta, mas se, pelo contrário, disser que fui passear ao parque ficam interessados em saber se fui só passear o cão ou também levei um livro para ler.
Claro que isto é só o princípio! Mais pessoas e menos árvores implicam também uma grande falta de oxigénio! Eu já sou asmática, mas respirar o ar que já passou 74 pessoas só de manhã antes de eu sair de casa para o respirar é dose...
Isto, para não falar da barulheira infernal que é a cidade! Piiii! Piiii! Alguém passou a passadeira enquanto estava verde para os carros. Bling! Blong! Bling! Blong! A filha da minha vizinha deve estar a chegar da escola. É isso ou o senhor da MEO que ontem não percebeu que aqui no prédio ninguém pretende esse serviço! Plim! Plim! Plim! Provavelmente ainda ninguém veio arranjar a canalização velha do prédio da frente. Fiiiiiii! Pum! Será que alguém faz anos ou é só um bando de miúdos a querer mostrar a sua força? Ding! Dong! Agora deve ser o marido da vizinha de baixo que chegou do trabalho. Na cidade não há direito a "Piu! Piu!" ou "Cácárácácá!", são só barulhos irritantes! E talvez o pior deles todos seja o "Terrim!" constante dos telemóveis, se bem que sempre é melhor do que quando toca uma música que eu já não aprecio nada, mas mesmo assim o telemóvel consegue pô-la ainda pior!
E associado a este barulho todo está o trânsito constante! Na rua, não se vê rua, só carros, carrinhas e camiões. As camionetas vão de tal maneira sobrelotadas que aquele peso não pode ser seguro. O metro só passa nos sítios para onde não quero ir. E os táxis ou vão cheios ou o condutor parece saído de uma seita de toxicodependentes.

Portanto, quando me perguntam porque desisti da faculdade quatro horas depois de me ter inscrito, pensem! Se eu não aguento quatro horas na cidade vou aguentar três anos!?

"A princesa e a ervilha" de Hans Christian Andersen.

















Os alunos e alunas do 4º ano, da EB1 da Estrada, ouviram a história "A princesa e a ervilha" de Hans Christian Andersen. Gostaram da história e ilustraram-na. Aqui estão alguns dos desenhos:


quarta-feira, 6 de maio de 2015

Das histórias se faz História




As histórias marcaram o início da Semana da Leitura. A Ana Beatriz de 9º Ano deliciou os professores com uma história de amor maravilhosa que ainda hoje, muitos anos volvidos faz sonhar os portugueses. Efetivamente, a trágica paixão entre D. Pedro I e D. Inês de Castro continua a comover-nos pela sua força, intemporalidade e por todos os sentimentos envolvidos: intriga, ódio, inveja, conflito de interesses, amor. 

Inês de Castro, coroada depois de morta - ler mais aqui.