sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Cidadania: pensar e intervir

(Clicar para aceder ao sítio)


"Assumindo o desígnio, inscrito na Carta do Conselho da Europa sobre a Educação para a Cidadania Democrática e a Educação para os Direitos Humanos, de transformação da sociedade por via da educação de cada cidadão, a RBE criou um sítio em linha, Cidadania e Biblioteca Escolar – Pensar e Intervir, com o propósito de promover uma cultura de cidadania democrática, reforçando o papel da biblioteca escolar no aprofundamento dos conteúdos do currículo e na formação integral das crianças e jovens nos dias de hoje, em convergência com a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania e o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Enquadrando-se no plano não formal e informal da educação, os conteúdos deste sítio estruturam-se em três áreas de ação: Dinâmicas educativas, Clips e Notas das escolas."

"Os termos de pesquisa propostos seguem a agenda nacional e internacional para o desenvolvimento, estão de acordo com os domínios da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania e são 17:

Direitos humanos:
Integra, entre outros, os seguintes temas: racismo, xenofobia, tortura, pena de morte, discriminação, assédio, violência e bullying;

Igualdade de género:
Identidade e diversidade cultural e religiosa, património cultural; migrantes, refugiados, ciganos e outras minorias são alguns dos temas que integram este domínio

Interculturalidade;

Desenvolvimento sustentável:
Património ou ambiente natural, poluição e desperdício, energia, cidades educadoras/ aprendentes e ambientes inteligentes são alguns dos temas que integram o domínio do Desenvolvimento Sustentável;

Educação ambiental;

Saúde;

Sexualidade;

Media:
Capacitação em meio digital e inclusão digital; verdade, fake news e jornalismo são alguns dos tópicos que cabem neste âmbito;

Instituições e participação democrática:
Justiça, integração europeia e objeção de consciência são, alguns dos temas incluídos neste domínio;

Literacia financeira e educação para o consumo;

Segurança rodoviária;

Risco:
Riscos naturais, tecnológicos e financeiros e proteção civil constituem alguns dos temas que integram este domínio;

Empreendedorismo;

Mundo do trabalho:
Formação profissional e empregabilidade, flexibilidade trabalho - vida pessoal, desemprego, ócio, igualdade de oportunidades e inclusão social, inclusão escolar e educação não formal são temas que integram este domínio;

Segurança, defesa e paz;

Bem-estar animal;

Voluntariado.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Tratar os media por tu



(Clicar sobre a imagem para aceder ao ebook)

Com autoria dos investigadores Patrícia Silveira, Clarisse Pessôa, Diana Pinto, Simone Petrella e Amália Carvalho do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho, a Direção-Geral da Educação lançou em 2017, em edição digital, a brochura “Tratar os Media por Tu – Guia prático de Educação para os Media”.

Esta publicação visa oferecer aos docentes do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário um conjunto de propostas práticas para a abordagem dos Media em contexto de sala de aula.


segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Bom ano!




Começaram as visitas à Biblioteca! Mais uma ano se inicia e os alunos aprendem a conhecer este espaço, a forma como está organizado,como podem aproveitar tudo o que de bom tem para lhes oferecer.
Valter Hugo Mãe diz: "As bibliotecas são como aeroportos. São lugares de viagem. Entramos numa biblioteca como quem  está a ponto de partir. E nada é pequeno quando tem uma biblioteca. O mundo inteiro pode ser convocado à força dos seus livros." (ler mais aqui.)

Que os alunos viajem,  convoquem o mundo inteiro, partam à aventura, é sempre o nosso desejo!

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Resoluções de Ano Novo. Ler é muito importante e a ciência dá-lhe 7 razões para o fazer



E não estamos a falar de posts no Facebook ou Instagram. Os livros afetam diferentes partes do cérebro e tornam-nos mesmo mais inteligentes.

A memória, a concentração, a calma, a inteligência cognitiva e emocional. Ler faz mesmo maravilhas e é uma rotina que deve adotar para a vida. Se o hábito não faz parte do seu quotidiano, faça por inclui-lo. Troque a Netflix ou a televisão por um livro e passe assim o serão. Dedique menos tempo a fazer scroll no Instagram ou Facebook, porque ler as publicações dos seus amigos e das páginas de que gosta não conta — na verdade, resulta num efeito oposto. Vários estudos já vieram dizer que as redes sociais estão a deixar-nos mais deprimidos, ansiosos, com menos auto-estima, pior qualidade de sono e um cérebro menos ágil — principalmente porque comprometem a capacidade da memória.

O desafio é esse. Introduza os livros na sua vida e reduza o tempo em frente aos ecrãs. O seu cérebro vai ficar feliz, de várias maneiras. Damos-lhe 7 argumentos, sustentados pela ciência.

Melhora a comunicação do cérebro

O hábito deve fazer parte da vida dos adultos, mas é absolutamente crucial na infância para um desenvolvimento cognitivo saudável. Um estudo de 2009, realizado pela Carnegie Mellon University, que contou com a participação de 72 crianças com idades entre os 8 e os 10 anos, mostrou que ler consegue alterar zonas do cérebro, aumentando a área de matéria branca — a que transporta informação entre regiões de matéria cinzenta, onde toda a informação é processada. Resultado? A comunicação entre regiões do cérebro e o processamento da informação tornam-se mais eficientes. Isto é especialmente importante para crianças que sofrem de problemas de desenvolvimento, como o autismo, por exemplo.

“A indicação de que a intervenção comportamental pode melhorar tanto o desempenho cognitivo quanto a microestrutura dos tratos da substância branca é um avanço para o tratamento e compreensão dos problemas de desenvolvimento”, explicou Marcel Just, um dos investigadores à frente do estudo, juntamente com Timothy Keller.

Desenvolve a capacidade para aprender informação nova

Ler transforma mesmo o cérebro, principalmente se implicar a aprendizagem de uma língua nova. Um estudo realizado em jovens recrutas da Swedish Armed Forces Interpreter Academy, em Uppsala, mostrou que a aprendizagem de um idioma diferente — num regime intensivo, o que implica muitas horas de leitura — aumenta determinadas zonas no cérebro: o hipocampo, relacionado com a aprendizagem de novas matérias, e três áreas do córtex cerebral.

Mais vocabulário e cultura geral

Por outro lado, de acordo com Keith Stanovich, que levou cabo vários estudos que relacionam a leitura e o desenvolvimento de capacidades cognitivas, pessoas que leem muito têm um vocabulário mais rico em 50% e conhecimento de cultura geral aumentado também em 50%.

Torna-nos mais inteligentes (cognitiva e emocionalmente)

A leitura e a inteligência andam lado a lado. Quando mais se dedicar à leitura, mais inteligente se tornará. Ao mesmo tempo que ler aumenta o nosso conhecimento — informação que guardamos no cérebro e que aplicamos em situações práticas da vida —, também melhora a nossa inteligência emocional. Um estudo realizado em 2013 pela New School for Social Research, em Nova Iorque, mostrou que ler ficção literária (mais do que não-ficção) é capaz de nos tornar mais empáticos. Além disso, ajuda-nos a compreender o estado dos outros, as suas crenças, desejos, objetivos, princípios e motivações, mesmo que distintas da nossa — é a chamada Teoria da Mente, que nos permite fazer escolhas mais ponderadas, sermos mais tolerantes, compreendermos melhor os outros e expandirmos a nossa mundividência. No fundo, há potencial para nos tornarmos melhores pessoas.

Reduz o stresse

Ler significa focarmo-nos noutra coisa — abre-nos a porta para um novo mundo e deixa-nos absolutamente abstraídos da nossa realidade (e problemas). De acordo com o “The Telegraph“, em 2009, investigadores da Universidade de Sussex, no Reino Unido, analisaram a capacidade que algumas atividades têm para reduzir os níveis de stresse, ao medirem o ritmo cardíaco e tensão muscular. De acordo com o estudo, ler tem um efeito mais calmante do que as caminhadas, uma chávena de chá ou até música. Nos resultados, ler apenas durante seis minutos foi capaz de baixar os níveis de stresse em 68% — a caminhada baixou em 42%, o chá em 54%, a música em 61%.

Aumenta os anos de vida

Ler poderá aumentar a longevidade. Um estudo realizado pela Universidade de Yale concluiu que as pessoas que leem livros durante cerca de 30 minutos por dia vivem mais dois anos do que aqueles que só consomem revistas e jornais. A investigação envolveu 3.600 participantes com mais de 50 anos, que foram seguidos durante 12 anos. Aqueles que liam 3,5 horas por semana tinham menos 23% probabilidade de morrer — os que liam menos tempo tinham menos 17% probabilidade de morrer.

Aumenta a capacidade de concentração

Em 2012, um grupo de investigadores da Universidade de Stanford analisou os padrões cerebrais de um grupo de pessoas que estava a ler um romance da autora Jane Austen. Os resultados deixaram afirmar que ler é um “verdadeiro e valioso exercício para o cérebro das pessoas”, uma vez que se desencadeiam diferentes tipos de mecanismos de concentração e entrega à tarefa, de acordo com o objetivo: ler por lazer ou ler para aprender.
“Prestar atenção a um texto requer a coordenação de múltiplas funções cognitivas complexas”, disse a coordenadora do estudo, Natalie Phillips. Quando se trata de ler por hobbie, os fluxos movem-se para sítios distintos, criando padrões diferentes.


Texto retirado daqui

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

O que leem (e como leem) os adolescentes?




Ler implica foco, silêncio, um tempo lento. Ou seja, o contrário dos hábitos dos nativos digitais. Mais do que saber se cumprem as leituras escolares, importa descobrir o que é que os jovens leem por puro prazer e como é que esse gosto se pode estimular.

Francisco Ferreira trata os livros com estima, mas também com familiaridade suficiente para não recear dobrar os cantos das páginas em vez de usar marcador. É um leitor eclético como mostram os três livros que traz na mão: “Diário de um Adolescente na Lisboa de 1910” de Alice Vieira, que conta a história de um rapaz à época da queda da monarquia; “An Adventure on Madeira Island”, tradução inglesa da famosa coleção “Uma Aventura” de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada; e “Little House on the Prairie”, uma novela de 1935, da americana Laura Ingalls Wilder, sobre as suas experiências enquanto criança no centro oeste do país.

“Gosto de ler em inglês porque ganho mais vocabulário”, explica o adolescente de 15 anos, que frequenta o 9.º ano.

Usa várias vezes a expressão “estou a trabalhar um livro” quando se refere às leituras da escola mas, por oposição, considera as suas próprias leituras, que faz sobretudo quando está de férias, como momentos de descanso, deixando muito clara a fronteira entre a leitura por obrigação e por prazer.

Prazer para o qual tem pouco tempo durante a época de escola, com as aulas, os trabalhos de casa e os testes, mas nas férias de verão costuma aviar oito ou nove livros. Apesar de fazer esta distinção entres os dois tipos de leituras, isso não quer dizer que não aprecie algumas das obras que tem de estudar.

“Este ano já dei o ‘Auto da Barca do Inferno’ e gostei, é uma história interessante e divertida. O ano passado tive de ler o ‘Hobbit’ de J. R. R. Tolkien e o ‘Que Farei com Este Livro’ de José Saramago, e não gostei de nenhum dos dois: o vocabulário era pouco acessível.”

“Gosto de ler em inglês porque ganho mais vocabulário” (Francisco, 15 anos)

Os três livros que traz consigo têm histórias muito diferentes, mas uma coisa em comum: as personagens são adolescentes, como ele próprio. Não há grande mistério nesta preferência: os adolescentes gostam de ler obras com protagonistas da mesma idade porque conseguem relacionar-se com a história sob uma perspetiva mais pessoal.

“Nós só conseguimos ler aquilo para que estamos preparados”, explica a mediadora de leitura Andreia Brites. “Podemos ler um livro difícil do ponto de vista da linguagem se o tema nos for próximo e o inverso também é possível: ler algo cujo tema nos é estranho e sobre o qual não temos um conhecimento prévio estruturado, se for numa linguagem simples que nos permita compreender.”

Para Andreia, que trabalha desde 2005 nas bibliotecas de todo o país, sobretudo com jovens, esta adequação é muito importante: pô-los perante coisas para as quais não estão preparados é “matar” leitores. “Se lhes damos um tipo de livro para o qual ainda não tem competências, ele não só vai rejeitar aquele livro como muitos semelhantes.”

A mediadora acredita que recomendar-lhes leituras passa sobretudo por conhecê-los. “Gostam de animais, de carros ou de um desporto? São mais imaginativos ou mais pragmáticos? Há algum filme ou jogo de computador de que gostem e que possa influenciar na leitura de um livro? Tudo é válido. O mais importante é conhecê-los.”

Apesar disso, garante que há temas e géneros que, por norma, lhes são caros. “Os adolescentes, tipicamente, têm uma grande necessidade de ter, por um lado, contacto com as tragédias e com a realidade mais dura e, por outro, com a fantasia e a aventura.”

Isso ajuda a explicar os grandes fenómenos editoriais entre adolescentes: na categoria de “realismo verídico” estão volumes como “Os Filhos da Droga”, “O Diário de Anne Frank” e trabalhos sobre o Holocausto como “O Rapaz do Pijama às Riscas”; no departamento da fantasia e aventura, o sucesso são coleções como o Harry Potter, que explora o mundo da magia, e o Cherub, sobre uma divisão imaginária dos Serviços Secretos Britânicos que recruta agentes até aos 17 anos.

Prazer versus obrigação

“Acho que o primeiro da coleção li num fim de semana”, diz Manuel Moutinho, 17 anos, em relação à coleção Cherub, confirmando a tendência. Também não por acaso, um dos livros que mais gostou foi “Os Filhos da Droga”.

Como muitos outros adolescentes, Manuel gosta de estar com os amigos, navegar na net e jogar computador. Também aprecia desporto e pratica kickboxing desde os 14. Ler está fora das suas preferências, pega apenas em um ou dois livros por ano, apesar de estar sensibilizado para a importância da leitura. Manter o foco não lhe é fácil. “Se for um livro de que eu goste mesmo, consigo estar a ler sem me distrair com o telefone, mas se for, por exemplo, um livro para a escola, que estou a ler obrigado e do qual não gosto muito, é mais difícil e um bocado frustrante.”

Teresa Calçada, Comissária do Programa Nacional de Leitura (PNL2027), concede que entre as muitas causas da quebra de leitura por prazer entre os mais jovens está “o peso desproporcionado da leitura escolar e obrigatória imposta por programas, metas e avaliações curriculares, face a outras leituras”. Ou seja, há muitas leituras a fazer por obrigação e pouco investimento na promoção da leitura por prazer.

Não que alguém seja contra as leituras literárias no âmbito dos programas curriculares: “Mesmo as que possam ser mais aborrecidas devem, na minha ótica, continuar a existir. É uma forma de os alunos terem boas referências literárias e culturais”, defende Renato Paiva, diretor da Clínica da Educação/Academia de Alto Rendimento Escolar WOWSTUDY e autor de vários livros sobre o estudo dos mais novos. A questão passa por investir, motivar e dar tempo para as leituras autónomas, dentro do gosto e interesse de cada um, e sem uma avaliação formal associada.

“Se for um livro de que eu goste mesmo, consigo estar a ler sem me distrair com o telefone, mas se for, por exemplo, um livro para a escola, que estou a ler obrigado e do qual não gosto muito, é mais difícil e um bocado frustrante.” (Manuel, 17 anos)

“A criança tem de aprender a diferença entre o ato de aprender e o prazer de ler”, defende Teresa Silveira, investigadora e autora do livro “O Cérebro e a Leitura”. Por isso, faz um apelo: “Se a criança não está em aprendizagem e a ideia é promover a leitura e o prazer de ler, não façam fichas com perguntas depois”, defende. “Imagine que nos obrigavam a responder a uma ficha com perguntas sobre o filme de cada vez que vamos ao cinema. Se calhar deixávamos de ir tanto.”

Andreia Brites garante que esta necessidade de trabalho associada a tudo mata mesmo outros gostos que lhes podiam ser próximos: “Se há coisa que podia entrar muito bem na rotina dos adolescentes é a poesia: é curta, rápida, está próxima da composição musical e fala de coisas que normalmente lhes são próximas. Acaba por não lhes interessar porque vem sempre acompanhada de um pedido de interpretação do que foi lido”.

Mas será que vale a pena “obrigá-los” a pegar num livro uns minutos por dia? “A maioria dos miúdos não lê em casa porque os pais também não leem”, considera Andreia Brites. O exemplo não é tudo mas é muito, por isso a mediadora entende que pedir-lhes para lerem 15 ou 20 minutos, mesmo meio contrariados, não é necessariamente mau se (e este (“se” é de grande importância) os pais se sentarem ao lado deles a fazer o mesmo. Ou seja, “criar ambientes propícios à leitura, não só deixá-los sozinhos e em silêncio. Às vezes é um ambiente afetivo: porque é que os miúdos gostam tanto que lhes leiam histórias em pequenos?”.

O cérebro dos nativos digitais

Saber ler e gostar de ler são duas coisas muito diferentes. Aprender a ler, hoje, já quase toda gente aprende mas, apesar disso, poucos aprendem a gostar de ler. Teresa Silveira garante que a aprendizagem desse gosto passa por dois fatores essenciais: estimular-lhes a curiosidade, mostrando até onde aquele conjunto de símbolos pode transportar quem os descodifica; e trabalhar a atenção seletiva, porque sem ela é impossível o tipo de concentração exigida pela leitura.

As novas tecnologias acrescentaram dificuldades à capacidade de foco dos nativos digitais. Francisco Ferreira é uma exceção: fica com um ar surpreendido quando questionado sobre se não se deixa distrair pelo telemóvel quando está a ler, como tantas vezes acontece não só a adolescentes como a adultos. “Quando estou a ler, não estou com telemóvel; não é possível estar a fazer as duas coisas ao mesmo tempo”, sustenta.

Não é possível mas é o que muita gente faz. E é por isso que, para Teresa Silveira, a pergunta essencial não é “o que se lê” mas antes “como se lê”. “Estamos a ficar ‘leitores-borboleta’: lemos um parágrafo e interrompemos, lemos outro e vamos ver o telemóvel. Sempre que há uma interrupção, o cérebro tem de fazer um esforço para retomar o sentido do texto, acaba por perder o fio à meada e, consequentemente, o interesse.”

“Estamos a ficar ‘leitores-borboleta’: lemos um parágrafo e interrompemos, lemos outro e vamos ver o telemóvel.” (Teresa Silveira, investigadora)

Mas, claro, a leitura não se pode reduzir aos livros em papel. A Internet é um mundo que permite acesso a muitas palavras. A questão é saber se os jovens usam essa potencialidade. O estudo “Lazer, Emprego, Mobilidade e Política”, publicado em 2015, diz que não. Apesar de 86,9% dos jovens entre os 15 e os 24 anos acederem à net todos os dias, usam-na sobretudo para consultar as redes sociais, conversar em tempo real, procurar informações relacionadas com eventos, produtos e serviços, ver vídeos e ouvir música. Apenas 34,2% dos jovens portugueses, por exemplo, acede a artigos de jornais.

E ainda que leiam alguma coisa, são geralmente textos com características que agravam o problema. “As tecnologias digitais fazem com que os alunos leiam textos geralmente mais curtos, mais concisos, mais resumidos, menos ricos gramaticalmente, semanticamente e linguisticamente”, opina Renato Paiva.

“Esse hábito de ler textos pequenos faz com que olhem para os livros mais densos como uma seca descomunal de 300 páginas estáticas, a maioria deles sem uma imagem.” E sem menorizar estas leituras mais rápidas, é preciso considerar que o leitor literário tem uma relação com o mundo de maior liberdade, acrescenta Andreia Brites. “Porque consegue descodificá-lo com mais facilidade, pensar sobre ele e ter sentido crítico. E isso, hoje, é quase uma urgência social.”

(Retirado daqui)

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

MILD - Manual de instruções para a literacia digital

(Clicar sobre a imagem)
O MILD - Manual de instruções para a literacia digital é um portal da Rede de Bibliotecas Escolares que visa desenvolver as competências dos jovens dos 14 aos 18 anos nos domínios da leitura, dos media e da cidadania digitais.








terça-feira, 3 de setembro de 2019

Educação para os Media



"A Educação para os Media pretende incentivar os alunos a utilizar e decifrar os meios de comunicação social, nomeadamente o acesso e utilização das tecnologias de informação e comunicação, visando a adoção de comportamentos e atitudes adequados a uma utilização crítica e segura da Internet e das redes sociais.
O Ministério da Educação e Ciência, através da Direção-Geral da Educação, elaborou, no contexto das Linhas Orientadoras de Educação para a Cidadania, lançadas em dezembro de 2012, um Referencial de Educação para os Media para a Educação Pré-escolar, o Ensino Básico e o Ensino Secundário. Este Referencial esteve disponível para consulta e discussão pública até dia 7 de fevereiro de 2014, tendo recebido aprovação do Sr. Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário a 29 de abril de 2014 (Ref.ª 96/13-133)."


Para recursos sobre o tema é só ir por aqui.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

"História do dia" de António Torrado (setembro)


Há já muitos, muitos anos, lá pelo ano de 2003, no sítio http://historiadodia.pt/ (hoje desativado), era disponibilizada uma história todos os dias, uma história que podia ser lida e/ou ouvida. Foi, mesmo, notícia aqui. António Torrado era o seu autor e Cristina Malaquias a ilustradora. 

Na impossibilidade de aceder ao sítio, apresentarei, no início de cada mês, as histórias do mês que entra. Estarão todas num bloco e podem ser descarregadas. 

As histórias de outros meses estão aqui e, em baixo, estão as histórias do mês de setembro.





Recursos para produzir Media na escola.


(Clicar sobre a imagem)

Este sítio apresenta uma lista de recursos gratuitos para incentivar os seus alunos a criarem conteúdos em áudio, vídeo, foto e texto.
Para mais recursos, vá por aqui.