CHUVA
A chuva cai pasmada;
sobe a batuta do vento;
que a deixa desgrenhada.
E cai assim a triste chuva de cara zangada;
tenta esboçar um sorriso na tarde acinzentada;
e vai moendo o lamento na sua toada arrastada.
Que anda viúvo o tempo,
chorando pela sua amada.
sobe a batuta do vento;
que a deixa desgrenhada.
E cai assim a triste chuva de cara zangada;
tenta esboçar um sorriso na tarde acinzentada;
e vai moendo o lamento na sua toada arrastada.
Que anda viúvo o tempo,
chorando pela sua amada.
Cai a chuva turva e louca;
escorrendo o farto nevoeiro;
na boca escarpada do ribeiro;
que o deixa deleitado...
A chuva vai caindo na calçada;
num compasso continuo, ritmada;
com olhos de espanto na triste missão de gota molhada.
num compasso continuo, ritmada;
com olhos de espanto na triste missão de gota molhada.
Borrifa quem passa correndo apressada;
cansada da chuva que cai na vidraça.
Já farta de molha tão aborrecida;
que a chuva deixou-se ficar por cá, velha e esquecida!
cansada da chuva que cai na vidraça.
Já farta de molha tão aborrecida;
que a chuva deixou-se ficar por cá, velha e esquecida!
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