segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

"História do dia" de António Torrado (dezembro)


Há já muitos, muitos anos, lá pelo ano de 2003, no sítio http://historiadodia.pt/ (hoje desativado), era disponibilizada uma história todos os dias, uma história que podia ser lida e/ou ouvida. Foi, mesmo, notícia aqui. António Torrado era o seu autor e Cristina Malaquias a ilustradora. 

Na impossibilidade de aceder ao sítio, apresentarei, no início de cada mês, as histórias do mês que entra. Estarão todas num bloco e podem ser descarregadas. 

As histórias de outros meses estão aqui e, em baixo, estão as histórias do mês de dezembro.



quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Novidades na BE

Foram registados na BE os seguintes títulos que se encontram disponíveis para requisição.



"Se a bola não entra, não é golo. Se a bola não entra, nada desculpa o treinador: é ele que gere a equipa, é ele o primeiro responsável pelo sucesso ou fracasso da estratégia delineada para aqueles 90 minutos. E, ao contrário dos outros gestores, o treinador tem de tomar decisões em condições de pressão extrema, sujeito a um imediato escrutínio público. O escritor David Bolchover e o professor de Gestão Chris Brady analisam neste livro as características dos melhores treinadores da Liga Inglesa. Revelam os segredos dos verdadeiramente excepcionais (como José Mourinho, Alex Ferguson ou Arsène Wenger), e através dos respectivos métodos de trabalho respondem às perguntas mais prementes que se colocam a qualquer moderno gestor de empresa."



"A experiência do psicólogo clínico em contexto prisional.

Este livro é o resultado da experiência do psicólogo clínico em contexto prisional e da sua intervenção clínica com população desviante, dependente e ex-dependente. Visa elucidar sobre o fenómeno da dependência, incidindo nas principais dependências da atualidade. Aborda a evolução histórica das "drogas", características e efeitos. Incide nos aspetos psicológicos da dependência, caraterísticas de personalidade do consumidor, alterações e consequências cerebrais, bem como nos relatos pessoais de reclusos que lidam e lidaram com a dependência.


Por fim, na parte preventiva, foca a atenção nos fatores de risco e de proteção, identificação dos sinais de risco, estratégias de comunicação para com os filhos. Convido os leitores a perceberem o fenómeno da dependência para que de, forma consciente, sejam dotados de ferramentas e conhecimentos que os capacitem para prevenir eficazmente os respetivos consumos."

Pode iniciar  a leitura aqui.



"Acerca de Roderer narra o confronto vital e intelectual entre dois jovens de inteligência privilegiada. O primeiro usa esta inteligência de forma prática para se adaptar ao mundo, o segundo na busca de um conhecimento absoluto que lhe permita compreender o mundo, deslizando perigosamente até aos limites da loucura e do suicídio.

Esta incursão narrativa brilhante nos meandros da rivalidade e da inteligência oferece-nos um romance inquietante, de suspense e ambiguidade."



"Situada em Paris, em 1968, a obra conta o drama pungente de uma solidão, a de um velho exilado russo que continua a viver num mundo que já não é o seu. À sua volta agitam-se os filhos, elaboram-se projectos, fazem-se e desfazem-se ligações, sucedem-se os acontecimentos políticos, enquanto que o seu campo de actividade se reduz cada vez mais. Acompanhado por uma governante que odeia e de quem depende totalmente, este velho que se recusa a falar a língua do país que o acolheu e a contactar com nativos desse país, regressa constantemente aos dias felizes e luminosos da sua querida Rússia e da juventude tão distante e, pouco a pouco, o sonho apaga a realidade e o passado apodera-se do presente."



"Em 1903, em Ropraz, uma jovem de vinte anos morre com uma meningite. Na manhã seguinte, descobre-se o caixão aberto e o corpo de Rosa profanado, com os membros parcialmente devorados. Horror e estupefacção, retorno das superstições, receio do vampirismo, cada um espia o outro, no coração do Inverno. É preciso um bode expiatório que salve aquela comunidade.

A partir de um facto real, Jacques Chessex oferece ao leitor uma história brilhante e surpreendente, o romance da fascinação assassina."

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Novidades na Biblioteca

A Porto Editora ofereceu estas obras intemporais.
Venha requisitá-las!



"Plano Nacional de Leitura

Livro recomendado para o 3º ciclo, destinado a leitura autónoma.



As irmãs Meg, Jo, Beth e Amy conhecem algumas dificuldades depois da partida do seu pai para a guerra e dos problemas económicos que a família enfrenta. Mas o espírito lutador e de união que reinam naquele lar ajudam-nas a seguir em frente.
Quer em casa quer nas relações com os amigos e vizinhos, elas conseguem surpreender e continuar e ser fiéis aos seus sonhos, vivendo cada dia com esperança e boa-disposição.
Uma história em que o amor e a coragem se revelam mais fortes do que todas as dificuldades que estas quatro raparigas, juntamente com a sua mãe, têm de enfrentar."



"Como seria, no final do século XIX, dar uma volta ao mundo em 80 dias? É o desafio que Phileas Fogg decide enfrentar com o seu fiel companheiro, Passepartout.
Juntos vão viver aventuras emocionantes, mas também encontrar obstáculos… Se queres saber mais, abre o livro e faz esta incrível viagem com Phileas Fogg. Descobre ainda o que a Alice, do País das Maravilhas, sentiu ao ler o livro. <>A coleção #Clássicos reúne as mais fantásticas obras da literatura juvenil e apresenta um momento em que os heróis e as heroínas falam dos livros uns dos outros.
Numa linguagem deliciosa e com ilustrações surpreendentes, estas histórias são absolutamente irresistíveis!"

"Alice no País das maravilhas é provavelmente o livro de fantasias mais famoso de todos os tempos. Nas aventuras da pequena Alice, tudo é possível, tudo é maravilhoso, e na sua jornada desde que cai pela toca do coelho, a menina encontra personagens inesquecíveis e que povoam os sonhos da nossa infância, como o Coelho Branco que anda sempre atraso, o Gato de Cheshire que não pára de rir, o Chapeleiro Louco, ou a Rainha de Copas, uma monarca com muito mau feitio e especial apetência por decapitações."


"Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o 5º ano de escolaridade, destinado a leitura autónoma.

Era uma noite de sexta-feira. Os Darling jantavam em casa de uns amigos e a cadela Nana ficara presa no pátio. O caminho estava livre para Peter Pan, o rapaz que se recusava a crescer, vir buscar a sua sombra e levar os pequenos Wendy, John e Michael para a Terra do Nunca. Uma ilha encantada, povoada de sereias, peles-vermelhas e piratas, capitaneados pelo sinistro Jaime Gancho e onde se vai desenrolar uma bela história de iniciação. O autor do livro, James Matthew Barrie (1860-1937) nasceu na Escócia. Estudou em Glasgow e depois na Universidade de Edimburgo, antes de se fazer jornalista em Nottingham, profissão que continuou em Londres. Publicou poemas, peças de teatro e romances. Peter Pan — que teve continuação em Peter Pan in Kensington Gardens (1906) — é a mais conhecida das suas obras. Começou por ser uma peça de teatro em 1904, só mais tarde conhecendo a sua forma definitiva."


"Há um rapaz que só se mete em sarilhos, odeia as segundas-feiras, a escola e a catequese; quer ser pirata, ladrão e assaltar casas assombradas! Esse rapaz chama-se Tom Sawyer e, se leres as suas histórias, verás como, no fundo, apesar da matreirice, é um jovem muito corajoso e com um coração de ouro. Descobre ainda o que Huckleberry Finn, o seu melhor amigo, tem a dizer sobre as aventuras da sua quadrilha. A coleção #Clássicos reúne as mais fantásticas obras da literatura juvenil e apresenta um momento em que os heróis e as heroínas falam dos livros uns dos outros. Numa linguagem deliciosa e com ilustrações surpreendentes, estas histórias são absolutamente irresistíveis!"

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Feira do Livro 2019

Realiza-se nos próximos dias 11, 12 e 13 de dezembro a já habitual Feira do livro. Se, tal como diz o ilustrador Paulo Galindro (a quem pertence a imagem), "Ler é voar sem sair do lugar", voemos, então.


Novidades na BE

A Biblioteca recebeu alguns livros de oferta. Espero que sejam do vosso agrado.

"Daniel Sampaio, psiquiatra, terapeuta familiar e professor, tem tido nos últimos anos um papel fundamental em intervenções várias nos jornais, rádio e televisão, na abordagem da adolescência. Publicou ainda várias obras, bem conhecidas do público, onde aborda temas como a escola, a família, o suicídio. Depois de "A Arte da Fuga", chega agora um novo livro, "Tudo o que Temos cá Dentro", a meio caminho entre o romance e a descrição de uma psicoterapia, que tem o suicídio como ponto de partida. Temos o relato ficcional que o terapeuta faz das sessões, um monólogo interior do paciente e uma espécie de carta pos-mortem do suicida, uma história envolvendo os vários pontos de vista dos seus protagonistas. Uma leitura fundamental para todos os que se interessam pela adolescência e pelos problemas que lhe vêm associados."

"Era uma vez um rapaz que vivia num vale. Não estava contente com nada, nem com os empregos, nem com os amigos, nem sequer com a família. Olhava para os picos majestosos à sua volta, e sonhava subir à mais alta de todas as montanhas. Um dia, finalmente, teve coragem. E, contra os conselhos de todos, pôs-se a caminho. Quando chegou ao cume, depois de uma longa viagem, conheceu um velho sábio, que o ouviu atentamente e lhe deu alguns conselhos preciosos. Foi a primeira de muitas escaladas, a primeira de muitas lições. Aos poucos o rapaz percebeu que tudo o que aprendia no pico lhe era útil no vale - e vice-versa. E quase sem dar por isso, a sua vida começou a mudar…



Picos e Vales é uma poderosa história de Spencer Johnson, o mais lido e conhecido autor de parábolas de todo o mundo. Ao ler este livro, vai descobrir que os altos e baixos desta vida estão estreitamente ligados, e que todas as nossas acções quando estamos no vale influenciam o modo como chegaremos ao cume."

"Depois da publicação de" Vozes e Ruídos". "Diálogos com adolescentes" o professor Daniel Sampaio volta ao contacto com o público, agora com «Inventem-se Novos Pais». Desta vez o diálogo é com os pais. Sobretudo para lhes chamar a atenção para os filhos. Os Adolescentes têm de ser ouvidos, têm de ser entendidos pelos pais através de sinais que emitem. Com este livro, o professor Daniel Sampaio ajuda os pais a interpretar esses sinais, a elaborar a resposta certa. Para que o diálogo se mantenha, e, com o diálogo, a possibilidade de uma relação saudável entre pais e filhos. "Inventem-se Novos Pais" é, em suma, um livro indispensável para todos quantos querem levar a cabo com êxito a difícil tarefa da paternidade."

"França é o país estrangeiro onde vivem mais portugueses. São quase 600 mil. Se contarmos com os descendentes, são mais de um milhão. Este livro dá rostos a esses números: conta histórias dos que partiram para combater na Primeira Guerra e decidiram ficar, dos que fugiram da ditadura, da miséria e da Guerra Colonial e não voltaram, e dos que deixaram o Portugal da Troika. França é o país estrangeiro onde vivem mais portugueses. São quase 600 mil. Se contarmos com os descendentes, são mais de um milhão. Este livro dá rostos a esses números: conta histórias dos que partiram para combater na Primeira Guerra e decidiram ficar, dos que fugiram da ditadura, da miséria e da Guerra Colonial e não voltaram, e dos que deixaram o Portugal da Troika."

"Aquilo em que eu acredito é um olhar profundo e íntimo de Helena Sacadura Cabral sobre si própria e o mundo que a rodeia. Num registo inconfundível, marcado pela frontalidade, acutilância e singular sentido de humor, Helena Sacadura Cabral dá conta de tudo aquilo em que acredita, sejam valores, crenças, sentimentos ou motivações, num conjunto de textos reflexivos e inspiradores sobre a vida pessoal, familiar e social."

Pode começar a ler o livro aqui.

"Um livro escrito por um autor que vai estar diariamente em antena, na SIC, para defender a sua tese. Uma visão independente e imparcial dos factos do caso Carlos Castro vs. Renato Seabra. Uma narrativa do crime que privilegia as fontes policiais. Uma análise do criminoso fundada na avaliação de psicólogos clínicos e psicólogos forenses."
 Pode começar a ler o livro aqui.



"O primeiro livro de Patrick Süskind foi o romance O Perfume, que imediatamente o celebrizou como autor e que continua a ser um livro de culto para sucessivas gerações de leitores atraídos por uma verdadeira obra-prima. A sua segunda obra de ficção, A Pomba, foi também alvo de um excecional acolhimento internacional. Nesta novela, o porteiro Jonathan, figura central do livro, que partilha a sua monótona existência entre a mansarda que habita e o banco onde trabalha, vê a sua vida abalada de um momento para o outro quando um pássaro ferido tomba a seus pés. A partir deste fait-divers, Patrick Süskind constrói uma pequena maravilha."

Pode começar a ler o livro aqui.


"Os últimos dias da maior heroína romântica de Portugal. Uma história apaixonante, envolvente e perturbadora. Nunca haverá outro amor assim.



"Minha Querida Inês" é fruto de investigação histórica misturada com a paixão de Margarida Rebelo Pinto por mulheres fortes, cuja presença sempre foi uma constante nas suas obras. A Inês aqui retratada é uma mulher corajosa e apaixonada que fala sem pudor da sua vida íntima e da sua visão do amor, da família, de Deus e do mundo.
Inês morre por amor. Se foi "a ruça que queria roubar o reino", ou apenas vítima de uma intriga política, nunca saberemos. A Inês que aqui fica é uma mulher inteira, de carne e osso, com cabeça, coração e estômago, que sente e que pensa à frente da sua época e, por isso mesmo, sábia e intemporal."

Pode começar a ler o livro aqui.

"Eddie sonha com uma bicicleta há muito, muito tempo. Apesar de ter apenas doze anos, sabe que o sonho vai ser difícil de concretizar, pois a família debate-se com problemas financeiros desde que o pai morreu. Ainda assim, acredita que a sua mãe vai conseguir o milagre, e que na manhã mágica do dia 25, junto à modesta árvore de Natal, encontrará a tão desejada prenda… Em vez disso, depara-se com um pequeno embrulho. Lá dentro uma camisola, "uma estúpida e feia camisola tricotada à mão", que o rapaz enfurecido atira para um canto do quarto.

Demasiado novo para perceber o valor simbólico da prenda que a mãe lhe tricotou com tanto amor, Eddie inicia uma dura caminhada para a idade adulta, que o levará a questionar tudo e todos. Até que, no mais profundo momento da sua revolta, conhece um enigmático vizinho, que aparece e desaparece sem deixar rasto. É um homem sábio, de idade indefinida, que ensina ao rapaz um segredo: na vida, há sempre uma segunda oportunidade, podemos sempre voltar atrás e desfazer todo o mal que fizemos.

A Prenda de Natal é um romance mágico, uma história que ficará para sempre na nossa memória."

Pode começar a ler o livro aqui.

"Ler a Rita é criar nitidez, terminar o impreciso, o indefinido, sobretudo da vontade.


Há um sol de uma galáxia interior que se pôs no centro deste livro. Caminhamos na pura luz. A cada texto transparecemos."


Começar a ler o livro aqui.

Viaje pelo blogue da Rita aqui.




segunda-feira, 18 de novembro de 2019

14ª Edição do Concurso Nacional de Leitura -1ª Fase


Vai realizar-se, no próximo dia 10 de dezembro a 1ª fase do Concurso Nacional de Leitura. As provas realizar-se-ão na Biblioteca ou no auditório em horário a confirmar mais tarde.
Os(as) alunos(as) interessados deverão fazer a sua inscrição junto da professora de Português ou na Biblioteca.









(Se não conseguir abrir , seguir este link)






A viúva e o papagaio - book trailer


A obra integral pode ser lida aqui.





quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Fernão de Magalhães e a viagem de circum-navegação



Há 500 anos começava primeira viagem à volta do mundo

"Fernão de Magalhães comandava uma frota com 5 naus. A circum-navegação, também atribuída ao espanhol Sebastian Elcano, só terminou três anos depois. O início oficial das comemorações arrancou ... sexta-feira (dia 20 de setembro de 2019) no Museu da Marinha."

                                    
(Clicar sobre a imagem para aceder ao vídeo)


A viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães


O português Fernão de Magalhães ficou para a história como o primeiro homem a empreender a primordial e bem sucedida viagem de circum-navegação, sob os auspícios de Carlos I de Espanha.

Não é certa a data ou local do seu nascimento, que terá ocorrido cerca de 1480 no Norte de Portugal, possivelmente no Porto. Outras localidades como Sabrosa, Gaia e Ponte da Barca também reclamam como filho da terra.

Serviu na carreira da Índia, esteve ao serviço de vários governadores e no Norte de África entre 1505 e 1514.

Apresentado ao rei de Castela, Carlos I, (futuro imperador Carlos V) o seu projecto de atingir as terras das especiarias rumando a Ocidente, obtêm a sua aprovação.

A sua esquadra partiu de Sanlúcar de Barrameda em 20 de setembro de 1519 e, era composta por cinco navios e uma tripulação total de 234 homens, entre os quais alguns portugueses.

A viagem sofreu várias vicissitudes, desde o motim da tripulação, tempestades, o frio do Inverno, os confrontos com indígenas, as sucessivas tentativas para encontrar a passagem para o Oceano Pacífico, o que aconteceu em novembro de 1520.

Foi na ilha de Cebu, nas Filipinas, a 27 de abril de 1521 que Fernão de Magalhães morreu, às mãos de um chefe de uma tribo local, na sequência de mais um conflito.

A viagem prosseguiu sob o comando de Juan Sebastián Elcano. Apenas um navio regressou a Sevilha a 8 de setembro de 1522 com tão só 18 sobreviventes, um dos quais António Pigafetta, italiano que escreveu o diário da viagem.

(Texto retirado daqui)


Artigo saído na Revista Visão de 15 de agosto de 2019



(Se não conseguir abrir o documento seguir este link)

"No dia 6 de setembro 1522, a nau Victoria, o derradeiro navio na armada de Fernão de Magalhães e o primeiro a dar uma volta completa ao mundo, chegou ao porto de San Lúcar de Barrameda.
O cronista Antonio Pigafetta registou o momento no seu diário, com as palavras seguintes: “graças à Providência, entrámos sábado, 6 de setembro, na baía de San Lúcar, e dos 60 homens que compunham a tripulação quando saímos das ilhas Molucas, não restavam mais que 18, a maior parte doentes. (…) Desde a nossa saída da baía de San Lúcar até ao regresso, calculo que tenhamos percorrido mais de 14460 léguas, dando a completa volta ao mundo, navegando sempre de ocidente para oriente”.

Chegava assim ao fim a maior viagem marítima alguma vez realizada e que durou praticamente três anos. Dos 234 homens que compunham as tripulações da armada inicial, apenas completaram toda a volta ao mundo 18, conforme relata o cronista.

A viagem de regresso foi capitaneada por Sebastián Elcano, porque Magalhães, entretanto, ficou pelo caminho…"


(Ler mais aqui)


(Clicar sobre a imagem para aceder ao vídeo)


Fernão de Magalhães teve uma morte violenta, que ocorreu num confronto militar na pequena ilha de Mactán, junto a Cebu, uma das ilhas Filipinas onde a expedição espanhola que comandava tinha ancorado semanas antes.
O confronto, a 27 de abril de 1521, opôs 50 espanhóis comandados por Magalhães a cerca de 1500 guerreiros da ilha. O cronista António Pigafetta fez o relato presencial do que se passou: as condições da praia impediram os espanhóis de utilizar a artilharia e obrigaram-nos a desembarcar, onde foram atacados de imediato.

Os inimigos perceberam que os espanhóis tinham a cabeça e o tronco protegidos, mas não os membros, e lançaram uma chuva de flechas envenenadas, uma das quais feriu Magalhães, que acabou por sucumbir em combate. A sua morte desviou a atenção dos guerreiros inimigos, o que permitiu que os sobreviventes conseguissem reembarcar. “Assim morreu o nosso guia, a nossa luz e o nosso apoio”, nas palavras do cronista.

(Ler mais aqui)



Poderá aceder a mais informação sobre Fernão de Magalhães aqui, aqui ou aqui

Na Biblioteca pode encontrar o seguinte livro:



e aqui a dissertação de mestrado "Entre Memórias: a questão da naturalidade de Fernão de Magalhães". 

Para obter mais informação sobre Fernão de Magalhães, vá por aqui

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Biblioteca de autores

"Consulte aqui informação relevante sobre Autores portugueses e estrangeiros. Para tal, clique no nome do autor e a informação abrirá numa nova janela.

Uma vez que o Índice está em formato .pdf, é pesquisável. Para poupar tempo, pesquise pelo nome do autor que pretende encontrar: para tal clique com o rato no .pdf e prima CMD+F no Mac e CTRL+F no Windows.

Esta lista permanece em atualização permanente, no que respeita a estes Autores e a outros a incluir."

(Retirado daqui)


sexta-feira, 8 de novembro de 2019

30º Aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança

(Clicar sobre a imagem)
Faz 30 anos no dia 20 de Novembro de 1989 que as Nações Unidas adoptaram por unanimidade a Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC) um documento que apresenta um conjunto de direitos fundamentais de todas as crianças. 

Neste sentido, a BE apresenta alguns livros /documentos que podem trazer mais informação a alunos e professores que pretendem celebrar esta data. 





Malala é um nome incontornável no que aos direitos das crianças diz respeito e a BE disponibiliza aos seus leitores os seguintes livros:


UM LIVRO, UMA CANETA, UMA CRIANÇA E UM PROFESSOR PODEM MUDAR O MUNDO
"A verdadeira história de uma menina que desejava um mundo melhor. Quando Malala era ainda uma criança, no Paquistão, ela desejava ter um lápis mágico para... ... desenhar uma fechadura na porta do seu quarto para que os irmãos não a incomodassem. ... parar o tempo, e assim poder dormir mais uma hora todas as manhãs. Mas Malala cresceu e o mundo mudou, bem como os seus desejos. Em vez de um lápis mágico, Malala usa agora um lápis bem real para escrever. E os seus desejos começaram a realizar-se."

Ver o book trailer aqui e o vídeo abaixo.






"Malala Yousafzai tinha apenas dez anos quando os Talibãs tomaram o controlo da região onde vivia. Educada a defender os valores em que acredita, Malala lutou pelo seu direito à educação sob o regime talibã e por essa causa quase perdeu a vida no dia 9 de outubro de 2012, atingida à queima-roupa quando regressava a casa na carrinha da escola. Hoje, ela é um símbolo do protesto pacífico e a pessoa mais jovem de sempre a receber o prémio Nobel da Paz.


Esta edição das suas memórias dirigida aos leitores mais jovens, dá-nos a conhecer a sua história e faz-nos acreditar na esperança e na possibilidade de uma pessoa - ainda muito jovem - poder inspirar a mudança na sua comunidade e no mundo."

Pode começar a ler o livro aqui e, depois, requisitar na BE para acabar de ler.

Malala foi uma menina corajosa que, apesar da sua juventude, teve a coragem de lutar pelo direito a ir à escola num país onde  não era permitido às meninas aprender a ler.


(Ver informação sobre este livro aqui)

A revista do Expresso de Outubro de 2013 publicou uma entrevista feita a Malala. Vale a pena ler!




Alguns vídeos sobre Malala.











Provérbios de novembro

(Imagem retirada daqui)

Trinta dias tem Novembro, Abril, Junho e Setembro; de vinte e oito, só há um, e os mais têm trinta e um.

Cava fundo em Novembro, para plantares em Janeiro.

Dia de São Martinho, fura o teu pipinho.

Dia de São Martinho, lume, castanhas e vinho.

Do São Martinho ao Natal, o médico e o boticário enchem o bornal.

Se o Inverno não erra caminho, tê-lo-ei pelo São Martinho.

Se queres pasmar teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo São Martinho.

No dia de São Martinho, vai à adega e prova o vinho.

Pelo São Martinho, abatoca o teu vinho.

Pelo São Martinho, mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.

Pelo São Martinho, nem favas, nem vinho.

Pelo São Martinho, todo o mosto é bom vinho.

Por São Martinho, nem favas, nem vinho.

Dos Santos ao Natal, Inverno natural.

De Santa Catarina ao Natal, mês igual.

De Todos os Santos ao Advento, nem muita chuva nem muito vento.

De Todos os Santos ao Natal, bom é chover e melhor nevar.

Novembro é quente no começo e frio no fim.

De Todos-os-Santos ao Santo André (dia 30), um mês é; de Santo André ao Natal, três semanas.

De Santos ao Natal é bom chover e melhor nevar.

Por Santo André todo o dia noite é.

Pelo S. Clemente, alça a mão da semente.

Novembro à porta, geada na horta.

No dia de S. Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho.

Pelos Santos, neve nos campos.

Por Santo André, o sete-estrelo posto é.

Em Novembro põe tudo a secar que pode o sol não voltar.


Tudo em Novembro guardado; em casa ou arrecadado.

Por Santo André, o sete-estrelo posto é.

De Todos-os-Santos ao Natal, perde a padeira o capital.

De Todos-os-Santos até ao Natal, perde a padeira o cabedal.

De Todos os Santos ao Advento, nem muita chuva nem muito vento.

De Todos os Santos ao Natal, bom é chover e melhor nevar.

Dos Santos ao Natal, perde o marinheiro o cabedal.

Outubro lavrar, Novembro semear, Dezembro nascer.

Outubro, Novembro e Dezembro, não busques o pão no mar, mas torna ao teu celeiro e abre teu mealheiro.

Outubro, Novembro e Dezembro, não busques o pão no mar.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Youth for Human Rights: 30 direitos. 30 anúncios

Um anúncio para cada um dos artigos da Declaração Universal para os Direitos Humanos das Nações Unidas. Pequenos filmes em que a música e a imagem mostram os conceitos subjacentes a cada um dos direitos.
O DVD contém, também, um vídeo musical que conta da história de um garoto que luta pelo seu direito de poder jogar basquetebol.
Requisite-o na Biblioteca.




quarta-feira, 6 de novembro de 2019

100 anos de Sophia de Mello Breyner Andresen


Celebra-se, a partir desta quarta-feira  e até 20 de dezembro, o centenário do nascimento de Sophia de Mello Breyner Andresen.


Retrato de uma princesa desconhecida

      Para que ela tivesse um pescoço tão fino
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos
      Para que a sua espinha fosse tão direita
         E ela usasse a cabeça tão erguida
    Com uma tão simples claridade sobre a testa
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos
     De corpo dobrado e grossas mãos pacientes
     Servindo sucessivas gerações de príncipes
         Ainda um pouco toscos e grosseiros
            Ávidos cruéis e fraudulentos

         Foi um imenso desperdiçar de gente
        Para que ela fosse aquela perfeição
           Solitária exilada sem destino

          Sophia de Mello Breyner Andresen

"Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu a 6 de novembro 1919 no Porto, onde passou a infância. Em 1939-1940 estudou Filologia Clássica na Universidade de Lisboa. Publicou os primeiros versos em 1940, nos Cadernos de Poesia. Na sequência do seu casamento com o jornalista, político e advogado Francisco Sousa Tavares, em 1946, passou a viver em Lisboa. Foi mãe de cinco filhos, para quem começou a escrever contos infantis. Além da literatura infantil, Sophia escreveu também contos, artigos, ensaios e teatro. Traduziu Eurípedes, Shakespeare, Claudel, Dante e, para o francês, alguns poetas portugueses.

Em termos cívicos, a escritora caracterizou-se por uma atitude interventiva, tendo denunciado ativamente o regime salazarista e os seus seguidores. Apoiou a candidatura do general Humberto Delgado e fez parte dos movimentos católicos contra o antigo regime, tendo sido um dos subscritores da "Carta dos 101 Católicos" contra a guerra colonial e o apoio da Igreja Católica à política de Salazar. Foi ainda fundadora e membro da Comissão Nacional de Apoio aos Presos Políticos. Após o 25 de Abril, foi eleita para a Assembleia Constituinte, em 1975, pelo círculo do Porto, numa lista do Partido Socialista. Foi também público o seu apoio à independência de Timor-Leste, consagrada em 2002.

A sua obra está traduzida em várias línguas e foi várias vezes premiada, tendo recebido, entre outros, o Prémio Camões 1999, o Prémio Poesia Max Jacob 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana – a primeira vez que um português venceu este prestigiado galardão. Com uma linguagem poética quase transparente e íntima, ao mesmo tempo ancorada nos antigos mitos clássicos, Sophia evoca nos seus versos os objetos, as coisas, os seres, os tempos, os mares, os dias.
Faleceu a 2 de julho de 2004, em Lisboa. Dez anos depois, em 2014, foram-lhe concedidas honras de Estado e os seus restos mortais foram trasladados para o Panteão Nacional."

(Texto retirado daqui)


"Sophia na primeira pessoa", um documentário de Manuel Mozos.

(Clicar sobre a imagem para ver documentário)
Uma homenagem à vida e obra da poetisa

Recorrendo ao espólio pessoal da autora, a imagens atuais de locais onde viveu ou que lhe foram queridos e a imagens de arquivo de televisão e cinema e, ainda, utilizando partes da sua prosa e da sua poesia, sempre com testemunhos na primeira pessoa, do Porto a Lisboa, da Granja a Lagos, do mar Atlântico ao Mediterrâneo, da Grécia ao 25 de Abril, as paixões e deceções de uma vida e obra dedicadas à busca pelo real, pela liberdade e pela justiça.

(Clicar sobre a imagem)


(Clicar sobre a imagem)

Para ver mais vídeos acerca de Sophia de Mello Breyner Andresen, clicar aqui.

Bibliografia de Sophia aqui.

Poemas lidos por Sophia na Biblioteca Nacional


(Clicar sobre a imagem para aceder ao sítio.)

(Ler a obra aqui.)




Adaptação teatral da obra "O Rapaz de Bronze", retirada daqui






(Ler a obra aqui.)




A Árvore de Sophia Mello Breyner Andresen (homenagem)




A Noite de Natal




A Fada Oriana






Paulo Freixinho, cruciverbalista, construiu palavras cruzadas sobre algumas das obras de Sophia, às quais se pode aceder aqui.


"Porque" - Francisco Fanhais (poema - Sofia Mello Breyner )






Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.


Sophia de Mello Breyner





Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar

Vemos, ouvimos e lemos
Relatórios da fome
O caminho da injustiça
A linguagem do terror

A bomba de Hiroshima
Vergonha de nós todos
Reduziu a cinzas
A carne das crianças

DÁfrica e Vietname
Sobe a lamentação
Dos povos destruídos
Dos povos destroçados

Nada pode apagar
O concerto dos gritos
O nosso tempo é

Pecado organizado.