segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Fernão Mendes Pinto e a Peregrinação


Estreou, no passado dia ,1 o filme de João Botelho, em que é recriada a obra de Fernão Mendes Pinto, "Peregrinação".

" “Em março de 1537, aos 26 ou 28 anos, Fernão Mendes Pinto, fugindo à miséria e estreiteza da sua vida, partiu para a Índia em busca de fama e fortuna”. Assim, no meio de uma terrível tempestade,começa este filme que relata os sucessos e as desventuras deste escritor aventureiro que, no decurso de 21 anos em que esteve no Oriente, foi “13 vezes cativo e 16 ou 17 vendido”. Mas, em vez da fortuna que pretendia, foram-lhe crescendo os trabalhos e os perigos. Aventureiro sim, mas também peregrino, penitente, embaixador, soldado, traficante e escravo, Fernão Mendes Pinto foi tudo e em toda a parte esteve. “Por extraordinária graça de Deus” regressou salvo para nos deixar um extraordinário livro de viagens, numa escrita hábil e fulgurante, carnal e violenta, terra-celeste. Esse livro de viagens editado três dezenas de anos após a sua morte transformou-se no primeiro best-seller da língua portuguesa,sendo traduzido e publicado em todos os reinos da Europa. A PEREGRINAÇÃO que agora vos apresentamos narra pedaços dessa observação aguda, exacerbada, exagerada que, na sua fascinante pressa de contar, aquele aventureiro dos sete mares nos deixou. Desventuras sim (“cada acção tem uma paga, cada pecado um castigo”) mas também sucessos: o cometimento e a grandeza das descobertas ou “achamentos” de outras terras e de outras gentes,no século de oiro da História de Portugal. Um filme de aventuras!"

Sinopse do filme retirado daqui.


Que obra é "Peregrinação"? Quem foi Fernão Mendes Pinto? Em que mundo viveu?

"No século XVI Fernão Mendes Pinto percorreu o Oriente, interdito aos ocidentais até aí. De regresso contou as suas aventuras, num relato que muitos consideraram fantasia. Hoje é consensual o valor histórico e literário do testemunho desta "Peregrinação".


No livro, o autor narra a sua vida, de aventuras e desventuras, e as suas viagens pelo Oriente, ao longo de 21 anos, em relatos  com descrições muito pormenorizadas dos povos, das línguas e das terras por onde passou e onde revela admiração e fascínio pela grandiosidade dessas civilizações.

No Ocidente da época ninguém acreditava que o Oriente fosse assim tão rico e tão diferente quanto a tradições culturais. O autor é acusado por muitos de exagero, tendo ficado célebre o dito popular «Fernão, Mentes? Minto!». Contudo, é hoje indiscutível o valor do seu testemunho, escrito com elementos verídicos e de ficção.

“Peregrinação” torna-se um sucesso, um pouco por toda a Europa da época, pelos conhecimentos amplos sobre o Oriente. Teve dezanove edições, em seis línguas."

Retirado daqui.


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Fernão Mendes Pinto "Andou embarcado, foi soldado, corsário, missionário e mercenário. Viajou pelo Oriente português de quinhentos, conheceu a China e o Japão. Foi prisioneiro e escravo, e um dos primeiros aventureiros europeus a contar o Oriente à Europa.

Fernão Mendes Pinto (1510?-1583?) nasceu em Montemor, mas ainda jovem foi para Lisboa, onde ficou ao serviço do Duque D. Jorge, irmão do rei D. João II.
Alguns anos depois parte para a India e nos vinte anos seguintes vai percorrer o mundo vivendo aventuras e procurando fortuna.

Durante esse percurso entra em guerras e missões diplomáticas. Naufraga. É prisioneiro e vendido como escravo.
Conhece Francisco Xavier e torna-se missionário, partindo para o Japão como diplomata, envergando o hábito. Desilude-se dos Jesuítas e regressa às suas deambulações.

Regressado a Portugal casa e tem filhos. Escreve o livro “A Peregrinação”, onde relata as suas deambulações pela Ásia. A obra só será editada 20 anos depois da sua morte.

A última reedição deste livro é constituída por três volumes. Um deles tem a versão original do livro em Português da época. Dos outros, um é a versão em inglês e os restantes, também em inglês – para internacionalizar a obra – trazem anotações e um índice bibliográfico."



Retirado daqui.
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"A grande aventura de um português no Oriente constitui a primeira narrativa de viagens portuguesa. Fernão Mendes Pinto vai em busca de fortuna e regressa com histórias que não cabem no imaginário ocidentaI. Que mundo é este da "Peregrinação" quinhentista?

Andavam as caravelas portuguesas na epopeia dos Descobrimentos, quando Fernão Mendes Pinto decide embarcar à procura de novas oportunidades de negócio. A viagem encetada em 1537 irá durar 21 anos, um tempo de venturas e desventuras nos confins da Ásia, onde por 13 vezes é cativo e 17 vezes vendido. O que nenhum ocidental tinha até então observado é por ele relatado na primeira pessoa, espetador e personagem principal  de uma realidade exótica, com povos, culturas , paisagens e animais fantásticos de terras que ficavam do outro lado do mundo.

Fernão Mendes Pinto escreve “Peregrinação”, uma narrativa descritiva, dinâmica e colorida da presença portuguesa no oriente, com informações importantes sobre a história e a geografia de outras civilizações, a que não faltam episódios de crueldade e duras críticas à atuação dos portugueses naquelas paragens e à desmesurada ganância dos homens. A veracidade de alguns relatos foi no entanto posta em causa e, o seu autor, desacreditado e rotulado de mentiroso. Realidade misturada com alguma ficção, certo é que este livro do aventureiro português é comparado em grandiosidade ao poema épico de Luís de Camões, seu contemporâneo.

Seguimos a história desta “Peregrinação” de uma vida, obra-prima publicada no início do século XVII, com sucesso imediato e traduções para as principais línguas europeias, no excerto do documentário “Grandes Livros”."

Retirado daqui.

(Clicar sobre a imagem para ver o documentário)


A RTP realizou um documentário intitulado "Nos Passos de Fernão Mendes Pinto". 


"No âmbito da comemoração dos 500 anos do nascimento de Fernão Mendes Pinto, provavelmente o maior aventureiro português, o autor Gonçalo Cadilhe apresenta um documentário dividido em dois episódios de 50 minutos cada sobre a vida, as viagens e a obra "Peregrinação" de Fernão Mendes Pinto.


O documentário decorre nalguns dos países do Oriente por onde Mendes Pinto passou, nomeadamente Índia, Indonésia, China, Japão, Vietname, Malásia e Cambodja. É portanto um documentário de viagens, num registo informal e mochileiro, em que Gonçalo Cadilhe vai interligando os lugares por onde passa e as experiências que vivencia com temáticas da História de Portugal e Universal do período dos Descobrimentos, com questões polémicas relacionadas com a biografia de Fernão Mendes Pinto e naturalmente com episódios da Peregrinação.

Tal como declara no início do documentário, Gonçalo Cadilhe não pretende reconstituir os itinerários da Peregrinação, tarefa aliás ingrata se não mesmo impossível dadas as imprecisões da obra, nem sequer apresentar uma biografia tout-court de Fernão Mendes Pinto. Pretende-se, isso sim, ?lançar pistas, abrir portas, provocar reflexões? sobre a maior obra de literatura de viagens da língua portuguesa e toda a conjuntura histórica que a envolveu. Para além das cenas ?on the road?, que constituem a principal fatia do documentário, ?Nos Passos de Fernão Mendes Pinto? tem a participação de vários académicos portugueses, da área da História e da Literatura, especializados em Fernão Mendes Pinto."


Retirado daqui.




Depois de conhecermos um pouco da vida de Fernão Mendes Pinto, leiamos e/ou ouçamos, pois, a sua obra, "Peregrinação". 

(Clicar sobre a imagem para ler o livro)



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